terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Criatividade não é uma opção

O atual contexto de ensino e de aprendizagem das tecnologias de informação e comunicação no currículo, na escola e na sala de aula centra-se quase exclusivamente na componente de literacia digital, o que parece estar a ser insuficiente face às necessidades sociais, económicas e de mercado de trabalho, uma vez que determinadas competências ficam excluídas do processo de ensino e aprendizagem.
O desenvolvimento da tecnologia e a sua ligação às ciências da aprendizagem e da educação tem demonstrado que deve ser concedida uma maior atenção (e espaço curricular) ao desenvolvimento do pensamento computacional nas crianças e nos jovens. Programar ou ser programado, ser consumidor passivo ou ser um criador e produtor de ideias e de conhecimento, através de projetos educativos que envolvam a aprendizagem do pensamento computacional e das ferramentas e ambientes computacionais adequados, parece assim sobrepor-se à mera necessidade de ser um utilizador e consumidor de informação.
O pensamento computacional assenta as suas bases sobre o desenvolvimento do conhecimento científico e tecnológico e está cada vez mais impregnado na vida do quotidiano dos cidadãos, e ajuda-os a compreender e a intervir nas, cada vez mais, nas complexas realidades sociais e económicas onde estão inseridos.
A criatividade na educação não pode ser uma opção. É uma obrigação de todos os docentes. 
Neste video Sir Ken Robinson explica porque a criatividade é fundamental na educação, e por isso exige uma transformação na forma como a escola trabalha"Criatividade não é uma opção, é uma necessidade absoluta."

Sir Ken Robinson: Fostering Creativity in Education is Not an Option

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

UC Internet e Educação

Este blogue  iniciou-se no âmbito do  
Mestrado em Ciência da Educação, especialização em Informática Educacional.
Para além da informação disponibilizada nas diferentes seções, 
continuarei a colocar alguns posts sobre a UC 
Internet e Educação.


 Aguardando a colaboração de todos. Até já.


sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Act 5 - media na aprendizagem

Trabalho no âmbito da disciplina de Comunicação Multimédia do Mestrado em Ciências da Educação, vertente Informática Educacional pela Universidade Católica Portuguesa.



O processo de aprendizagem de uma língua estrangeira tem sido uma preocupação constante como docente.
O jovem atual é um nativo digital, porque nasceu e cresceu com as tecnologias presentes no seu dia-a-dia. A escola precisa de integrar e adaptar novas linguagens para aproveitar os instrumentos disponibilizados pela sociedade de informação.
A comunicação unidirecional está ultrapassada e os media educam. Educar é instruir e promover o desenvolvimento de faculdades, e constituem, para a educação dos jovens, um suporte de difusão e veículo de informação, e uma forma de rentabilizar o processo ensino e aprendizagem, encorajando o desenvolvimento de uma maior consciência social nos jovens.
Os media não apresentam diferenças significativas entre eles no que se refere às influências nas aprendizagens (Richard Clarke, 1990), embora possam ter um prazo de validade enquanto novidade, mas a introdução de novos meios tecnológicos no ensino produzem efeitos positivos na aprendizagem, (Miranda, 2007) Mas quais são as tecnologias, as estratégias, os processos e os estilos de aprendizagem mais apelativos, motivadores e que permitam uma maior participação e construção do saber nos jovens? O papel do professor é criar situações para que o jovem perceba que há momentos certos para cada tipo de linguagem. Quanto à tecnologia, (Lagarto, 2010) não é fácil escolher, mas se soubermos muito bem como vamos desenvolver a formação, veremos que há tecnologias mais apropriadas.
Os diferentes discursos mediáticos: scripto, áudio, vídeo, e informo, e o discurso multimédia interativo (inclui as formas emergentes de comunicação das novas tecnologias disponibilizadas pela sociedade de informação) são meios efetivos no processo ensino-aprendizagem. O vídeo, “poderoso instrumento de dinamização e enriquecimento da aula”; a consulta de jornais, desenvolve a competência da leitura; o recurso à televisão favorece a ampliação do vocabulário, inclusive no ensino de um idioma, mesmo para as crianças que não leem, podemos conhecer o mundo, museus; a escuta da rádio, pode estimular a competência linguística e as aptidões musicais; o cinema, para além da sociabilização, pode proporcionar debates; o computador, via internet, aumenta a disponibilidade de informação, e aliado à pesquisa, juntamente com o uso do processador de texto, permitem a aquisição de uma nova dimensão, não mudando o objetivo inicial da aprendizagem.
No entanto, a junção do texto, do áudio, da imagem faz com que haja uma mudança constante no papel do professor. Como refere Miranda, os estudantes deveriam, ser ensinados a ler e a interpretar e a saber diferenciar a informação que nos é transmitida por vários símbolos. Por exemplo, em que diferem as imagens das palavras? Uma pintura de uma fotografia? Uma fala de um texto escrito? Se o professor dominar estas novas ferramentas poderá apoiar os alunos a explorar as potencialidades destes novos sistemas de tratamento e de representação da informação e educa-los com os media e para os media. Não no sentido de lhes ensinar a utilizar a tecnologia em si, mas essencialmente a desenvolver um espírito crítico, um comportamento mais responsável na construção de uma opinião pessoal mais realista, positiva, aberta à diversidade das culturas e dos modelos.
Atualmente os programas de comunicação como o e-mail, os fóruns, o MSN, as salas de chat, o Twitter, o Skype, entre outros, tornarem-se comuns, permitindo uma comunicação direta entre as pessoas em tempo real. Este contacto com a língua, permite adquirir competência ao nível da comunicação, numa abordagem comunicativa. A atividade de ouvir (listening) é essencial à para compreensão oral e respetiva fluência. Posteriormente a as estruturas linguísticas poderão ser consolidadas através do preenchimento de exercícios escritos (fill in the gaps), de forma a sistematizar e interiorizar os conteúdos.
O discurso áudio, baseado na perceção auditiva de estímulos externos, através de linguagem verbal como a música, utiliza suportes magnéticos, eletrónicos ou meios tecnológicos e digitais. O uso de arquivos de áudio na Web, ao dispor do docente e do aluno, não é uma novidade. No entanto, não se aprende uma língua num dia. É preciso dedicação, empenho, consultar sites e jornais em língua inglesa. Ao ler um texto, em voz alta, percebe-se como podemos melhorar a pronúncia. A utilização de sites para gravar a leitura ou os diálogos entre alunos (role-plays), a memorização a letra de uma música, são possibilidades da Web 2.0 disponíveis no processo de aprendizagem.
A aprendizagem de uma língua estrangeira é significativa quando esta faz sentido ao aluno, usando-a através da leitura, da escuta, do diálogo ou da aplicação dos conteúdos em diferentes formatos, através da escrita, ao realizar uma entrevista, ao escrever artigos, participar num debate, diálogos (role-plays), ou expor um tema à turma.
 
Referências bibliográfica

LAGARTO, J. (2008). Manual da disciplina de comunicação multimédia. Universidade Católica Portuguesa.