Trabalho no âmbito da disciplina de Comunicação Multimédia do Mestrado em Ciências da Educação, vertente Informática Educacional pela
Universidade Católica Portuguesa.
O processo de aprendizagem de uma
língua estrangeira tem sido uma preocupação constante como docente.
O jovem atual é um nativo digital, porque nasceu e
cresceu com as tecnologias presentes no seu dia-a-dia. A escola precisa de
integrar e adaptar novas linguagens para aproveitar os instrumentos
disponibilizados pela sociedade de informação.
A comunicação unidirecional está
ultrapassada e os media educam. Educar é instruir e promover o desenvolvimento
de faculdades, e constituem, para a educação dos jovens, um suporte de difusão
e veículo de informação, e uma forma de rentabilizar o processo ensino e
aprendizagem, encorajando o desenvolvimento de uma maior consciência social nos
jovens.
Os media não apresentam
diferenças significativas entre eles no que se refere às influências nas
aprendizagens (Richard Clarke, 1990), embora possam ter um prazo de validade
enquanto novidade, mas a introdução de novos meios tecnológicos no ensino produzem
efeitos positivos na aprendizagem, (Miranda, 2007) Mas quais são as tecnologias,
as estratégias, os processos e os estilos de aprendizagem mais apelativos,
motivadores e que permitam uma maior participação e construção do saber nos
jovens? O papel do professor é criar situações para que o jovem perceba que há
momentos certos para cada tipo de linguagem. Quanto à tecnologia, (Lagarto,
2010) não é fácil escolher, mas se soubermos muito bem como vamos desenvolver a
formação, veremos que há tecnologias mais apropriadas.
Os diferentes discursos
mediáticos: scripto, áudio, vídeo, e informo, e o discurso multimédia
interativo (inclui as formas emergentes de comunicação das novas tecnologias
disponibilizadas pela sociedade de informação) são meios efetivos no processo
ensino-aprendizagem. O vídeo, “poderoso instrumento de dinamização e
enriquecimento da aula”; a consulta de jornais, desenvolve a competência da
leitura; o recurso à televisão favorece a ampliação do vocabulário, inclusive no
ensino de um idioma, mesmo para as crianças que não leem, podemos conhecer o
mundo, museus; a escuta da rádio, pode estimular a competência linguística e as
aptidões musicais; o cinema, para além da sociabilização, pode proporcionar debates;
o computador, via internet, aumenta a disponibilidade de informação, e aliado à
pesquisa, juntamente com o uso do processador de texto, permitem a aquisição de
uma nova dimensão, não mudando o objetivo inicial da aprendizagem.
No entanto, a junção do texto, do
áudio, da imagem faz com que haja uma mudança constante no papel do professor.
Como refere Miranda, os estudantes deveriam, ser ensinados a ler e a
interpretar e a saber diferenciar a informação que nos é transmitida por vários
símbolos. Por exemplo, em que diferem as imagens das palavras? Uma pintura de
uma fotografia? Uma fala de um texto escrito? Se o professor dominar estas
novas ferramentas poderá apoiar os alunos a explorar as potencialidades destes
novos sistemas de tratamento e de representação da informação e educa-los com
os media e para os media. Não no sentido de lhes ensinar a utilizar a
tecnologia em si, mas essencialmente a desenvolver um espírito crítico,
um comportamento mais responsável na construção de uma opinião pessoal mais
realista, positiva, aberta à diversidade das culturas e dos modelos.
Atualmente os programas de comunicação
como o e-mail, os fóruns, o MSN, as salas de chat, o Twitter, o Skype, entre
outros, tornarem-se comuns, permitindo uma comunicação direta entre as pessoas
em tempo real. Este contacto com a língua, permite adquirir competência ao
nível da comunicação, numa abordagem comunicativa. A atividade de ouvir
(listening) é essencial à para compreensão oral e respetiva fluência. Posteriormente
a as estruturas linguísticas poderão ser consolidadas através do preenchimento
de exercícios escritos (fill in the gaps), de forma a sistematizar e
interiorizar os conteúdos.
O discurso áudio, baseado na
perceção auditiva de estímulos externos, através de linguagem verbal como a
música, utiliza suportes magnéticos, eletrónicos ou meios tecnológicos e
digitais. O uso de arquivos de áudio na Web, ao dispor do docente e do aluno,
não é uma novidade. No entanto, não se aprende uma língua num dia. É preciso
dedicação, empenho, consultar sites e
jornais em língua inglesa. Ao ler um texto, em voz alta, percebe-se como podemos
melhorar a pronúncia. A utilização de sites
para gravar a leitura ou os diálogos entre alunos (role-plays), a memorização a
letra de uma música, são possibilidades da Web 2.0 disponíveis no processo de
aprendizagem.
A aprendizagem de uma língua
estrangeira é significativa quando esta faz sentido ao aluno, usando-a através
da leitura, da escuta, do diálogo ou da aplicação dos conteúdos em diferentes
formatos, através da escrita, ao realizar uma entrevista, ao escrever artigos,
participar num debate, diálogos (role-plays), ou expor um tema à turma.
Referências bibliográfica
Referências bibliográfica
LAGARTO, J. (2008). Manual da disciplina de comunicação
multimédia. Universidade Católica Portuguesa.
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